O secretário de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca do Estado do Rio de Janeiro, Felipe Peixoto, e o presidente da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), Marco Botelho, visitaram a região Costa Verde, nessa terça e quarta-feira. A visita serviu para se apresentarem aos representantes municipais do setor, e para ouvir principais reivindicações de pescadores e armadores da região.
- Assumi a secretaria há pouco tempo, e estamos nos organizando. Vamos conversar com representantes de todas as cidades do Estado para ver o que pode ser feito para melhorar o setor da pesca. Não vamos fazer milagres, mas estamos com muita disposição para trabalhar - afirmou o secretário de Desenvolvimento, Felipe.
Felipe e Marco estiveram acompanhados de parte de suas equipes para visitar Mangaratiba, Paraty e Angra dos Reis. Na manhã de terça-feira, o grupo esteve na ilha Duas Irmãs, e na Associação de Maricultores do Litoral Sul - AMALIS, em Mangaratiba. Logo após foram ao encontro do prefeito da cidade, Evandro Capixaba (PR). Na tarde de ontem, os representantes se encontraram com José Luiz Zaganelli, integrante do IED-Big / Instituto Eco Desenvolvimento da Baía de Ilha Grande - Angra dos Reis.
- Além de nos apresentarmos, conhecemos os representantes de cada município, além de termos aproveitado para ouvir os pescadores e armadores sobre os principais problemas de cada município - destacou o presidente da Fiperj, Marco Botelho.
Na manhã de hoje, Felipe e Marcos estiveram na Fiperj (núcleo Paraty), com integrantes da secretaria municipal de Pesca de Paraty. Logo após, sem encontraram com o prefeito José Carlos Porto (Zezé). Antes de saírem de Paraty, o grupo visitou o Terminal Pesqueiro Público - Colônia Z18 (TPP). Na parte da tarde foram à secretaria de Pesca de Angra dos Reis. E para finalizar a visita, estiveram na Ilha Grande, em visita ao Projeto Experimental do Bijupirá.
Reivindicações angrenses
Em um encontro com pescadores e armadores de Angra dos Reis, algumas reivindicações, como as proibições impostas pelo Ministério da Pesca foram questionadas aos representantes do Estado.
- O Ministério apresenta vários peixes que não podemos pescar, e áreas que são proibidas. Então, se formos pensar, não temos mais quase lugar algum para pescar em Angra dos Reis. Precisamos ir para o alto-mar para sustentar as nossas famílias. E isso precisa ser revisto, pois ninguém sabe das nossas principais dificuldades - disse o armador Gustavo Rosa.
O integrante da Cooperativa de Pescadores do município (Propescar), Júlio Magno, ressalta que é essencial que as autoridades se reúnam com os pescadores antes de qualquer ação no setor.
- Precisamos discutir as ideias, as medidas e as leis, antes que elas sejam impostas. Pois nós, que vivemos o problema no dia a dia deveríamos ter o direito de expressar nossas opiniões - disse Júlio.
O subsecretário de Pesca de Angra, Humberto Martins, frisou que encontros como o de ontem são bons para esclarecer a burocracia no Ministério da Pesca, para evitar novos transtornos como no ano passado, onde a suspensão da pesca em Angra devido ao atraso na entrega de licenças para o exercício da pesca, fez com que o setor perdesse por dia, aproximadamente 100 mil reais por dia, consequentemente cerca de três milhões por mês.
- Tem certas espécies que ainda não conseguimos a liberação para pescar, como a Corvina, que era um dos sustentos na fase ruim da sardinha. E, conservando com representantes do Estado é bom para buscarmos respostas para nossas principais reivindicações, no intuito de melhorar cada vez mais o setor da pesca na Costa Verde - afirmou o sub-secretário.